quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

NYC 2

Hoje o dia acordou branco. Era a neve caindo e engrossando meu estoque de perguntas: como sair de casa com o céu derramando esse gelo todo? Por mais que a gente se planeje e tente antecipar o que pode acontecer durante uma viagem a um país estranho, somos sempre surpreendidos por coisas que sequer podíamos imaginar antes de sairmos de casa. Por isso, meu primeiro dia em NYC foi bastante crítico, já que tudo era novidade, incluindo as famigeradas torneiras do banheiro...hehehe
Descobri muitas coisas em poucos dias, inclusive que meu anjo da guarda não brinca em serviço...hehehehe..o bichinho anda trabalhando adoidado desde que cheguei.
NYC faz a gente respirar cultura e beleza: pra todo lado tem um Museu, um teatro, um cinema, uma vitrine que merece ser admirada por mais parecer uma obra de arte... Os Museus são enormes e democráticos: todos entram, fotografam, aproveitam...mas eles são tão grandes e ricos em informação, que não dá pra ver e absorver tudo em um dia...
NY é linda de um jeito, que tudo o que a gente pensa quando anda por ela é em compartilhá-la com quem a gente ama. Dividir, dividir, dividir. Esse é o verbo que eu mais gostaria de estar conjugando aqui.
Feliz ano novo!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

NYC

Posto diretamente da loja da Apple, em NYC, aproveitando que entrei aqui pra evitar o congelamento total dos meus dedos: muitos graus abaixo de zero no momento. Para todos os que aguardam um sinal de vida, fiquem tranquilos: estou bem e anestesiada: pelo frio e pela cidade...hehehehehe... Isso aqui é sensacional!! Bem que o Hellyd (amigo, querido!) me avisou que a magia aqui rola solta: cidade realmente apaixonante.
Hoje visitei o Madame Tussauds e o Museu de História Natural. Surpreendente! Fotos pra dar e vender! Andei bastante pela 5th e 7th avenidas também: "sale" pra tudo quanto é lado. Haja auto-controle!
A cidade está lindamente iluminada por causa do Natal.
Minha temperatura corporal voltou...vou pro hotel! Prometo um post decente em breve! hehehehe... Bjo a todos.

domingo, 20 de dezembro de 2009

DE MALAS PRONTAS

Até pra sonhar é preciso coragem. Tenho descoberto isso nos últimos meses, quando sementes há muito tempo cultivadas começaram a dar frutos e meu intercâmbio a se tornar realidade. No próximo domingo embarco rumo a Nova York e, depois, ao Canadá. Embora uma viagem dessas não nasça de um dia para o outro e eu esteja pensando nela há um bom tempo, as últimas semanas têm sido de ansiedade e nervosismo permanentes. Ando com borboletas no estômago, como uma menina apaixonada mas, agora, pela ideia de descobrir o mundo.


Na mala de um viajante de primeira viagem, tudo é dúvida. Até sobre o que parece mais simples e óbvio, conseguimos produzir algum tipo de ressalva, sempre criando sentenças condicionais, começadas com " e se..." e terminadas na decisão de criar um "plano B" pra tudo. Instinto de sobrevivência, será? Acho que não, ?! Tá mais fácil ser instinto de publicitária viciada em planejamento... hehehehe


E, é claro, a minha ansiedade transbordante andou molhando os que estão ao redor: os primeiros a levarem o banho foram meus pais. Então, mesmo que eu vá embarcar sozinha, tenho certeza de que os próximos dois meses serão de viagens imaginárias para muitas pessoas que dividiram esse sonho comigo de alguma forma, dando dicas, escolhendo destinos, comprando ingressos, me dando guias, me preparando para a neve. Portanto, em vocês, sempre tão dispostos a me empurrar pra frente, faço um carinho, transformando esse blog em um diário de viagem pra que, de alguma forma, seja possível COMPARTILHAR o que vou ver, sentir, viver. Mãe, pai, Alice, Ni, Mili, Dani, Tia Andreia, Tio Wellington, Amanda, Dindo, Dinda, Hellyd, Flávia, Marquinhos e todos aqueles que quiserem chegar e acompanhar, vocês acabaram de ganhar o visto!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CASO UNIBAN

Há pouco mais de uma semana eu e uma amiga (Raquel Camargo) demos um mini-curso em um congresso, em que discutimos redes sociais e seus desdobramentos na vida das pessoas, das empresas, das marcas. Selecionamos alguns cases que julgávamos interessantes e, um deles, no momento recém-nascido, era o da Uniban.
Colocamos o caso em discussão inicialmente com o propósito de que nossos alunos discutissem o posicionamento da Faculdade. Até o momento tínhamos o vídeo da garota sendo hostilizada nos corredores da escola e as publicações de alguns blogs em que o Secretário Geral da unidade em que ocorreu o caso se identificava como Tiba e entrava em contradição ao comentar o assunto.
Mas logo de imediato a discussão proposta no mini-curso extrapolou as redes sociais (a imprensa se pautou pelos blogs que, em primeira mão, comentaram o caso) e mergulhou no campo educacional. Primeiro, porque o vídeo mostrava um território sem lei. Nos perguntamos várias vezes sobre o tipo de relação mantida entre professores e alunos e entre diretoria e alunos na Uniban, para que dezenas de estudantes deixassem a sala de aula, filmassem, fotogravassem e gritassem em coro palavras de agressão contra a aluna ameaçada de estupro, sem que nada fosse feito para impedí-los. Também soou estranho que o responsável pela escola, designado para falar oficialmente em nome da instituição, se identificasse por um apelido: Tiba.
Ficou, portanto, evidente a falta de preparo da escola não só para lidar com a questão, mas para compreender sua própria função de instituição de ensino. E ficou difícil de imaginar, já naquele momento de discussão durante o mini-curso, a existência de um projeto pedagógico. A Uniban parecia mais um exemplo das faculdades que se tornaram meras máquinas de ganhar dinheiro.
O desenrolar da questão, no entanto, fez as coisas se tornarem ainda mais graves. Primeiro, a aluna expulsa. Em seguida, o questionamento do Ministério Público sobre o direito de defesa da estudante. E, então, a expulsão foi revogada...
Em momento nenhum penso que a discussão sobre o caso deve cair na rasura do argumento que condena os trajes usados pela aluna para ir à faculdade. Esse é um tópico que tem a ver com bom senso (ou a falta dele). Já o erro da faculdade e dos demais alunos, que berravam palavras de baixo calão no corredor, é de natureza ética e de direitos humanos. O que a Uniban parece estar fazendo? Simplesmente respondendo às expectativas que, de forma ingênua e atabalhoada, julga serem a da sociedade civil e a da imprensa. Ou seja, a Faculdade muda de rumo conforme sopra o vento. Nisso há um pequeno detalhe: a Uniban não vende banana, mas ensino. É a profissão das pessoas e a forma com que elas conduzirão suas carreiras que está em jogo.

Mais um capítulo da velha história sobre o ensino brasileiro. Enquanto permanecer a ideia de que a questão é numéria, ou seja, de que basta abrir faculdades em toda esquina, a qualidade vai continuar nos passando suas rasteiras...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

POR QUE INCOMODA TANTO?



Esse comercial saiu do ar essa semana, depois da reclamação de alguns consumidores, que se sentiram ofendidos. Cada vez que isso acontece, eu sou acometida por uma preguiça avassaladora, que não me permite achar outro nome para ocorrências desse tipo, senão o de que se trata de hipocrisia, e das grandes! ... Não que a regulamentação do CONAR não seja importante. É! E não que as pessoas não tenham direito de se manifestar sobre aquilo que as incomoda. Têm.

Mas diariamente convivemos com imagens de mulheres que se exibem semi-nuas na TV, funks com letras pornográficas, atrações televisivas que incluem pessoas se esfregando em uma banheira ou em outro lugar qualquer, além de quadros que se escondem sob o pretexto do entretenimento e do humor para exporem as pessoas ao risco e ao ridículo.

Com relação a isso não há protesto. Ao contrário, as pessoas acham bonitinho, engraçado.

E, no entanto, quando uma senhora fala em sexo com a neta em um comercial de TV, o Conar, orgão regulamentador da publicidade, recebe inúmeras reclamações e o filme sai do ar. Por que? Esse assunto não pode estar na boca de senhoras? ...Ser mulher, estar na terceira idade e ainda pensar em sexo é combinação demasiadamente provocativa para uma sociedade machista? Mas e se fosse um homem? Por que ninguém se ofende quando mulheres aparecem de biquíni em comerciais de cerveja, sendo chamadas de gostosa, cobiçadas por um bando de homens. O lugar da mulher é sempre o de objeto de desejo? A ela não cabe o desejo?

É triste como, ao sexo, sempre cabem teorias libertadoras em que os tabus estão sendo deixados pra trás, quando a realidade nos diz sempre o contrário. Caminhamos em círculo, reeditando as nossas polêmicas. Ou ninguém se lembra da confusão gerada pelo depoimento de uma senhora no final de uma novela do Manuel Carlos, em que ela falava sobre orgasmo?

domingo, 20 de setembro de 2009

VENDE-SE MACONHA

"A humanidade deveria aceitar a pedofilia e o tráfico de pessoas ou de armas por um senso ingênuo de que é inevitável ou intratável?. (...) Suspender os controles sobre o uso de drogas seria uma renúncia cínica do Estado à sua responsabilidade de proteger a saúde dos cidadãos." (fonte: Portal Terra, março de 2009)

O depoimento acima, de Antonio María Costa, chefe do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), adianta a grande polêmica envolvida em uma possível legalização das drogas. Hoje, a revista francesa Le Monde trouxe uma matéria que discute 10 motivos para a legalização, entre os quais a desarticulação do tráfico, políticas de informação mais transparentes, queda da criminalidade. Polêmico, o assunto não é novidade nas pautas internacionais. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, já se declarou publicamente a favor da legalização da maconha, liderando, inclusive, um grupo que discute o assunto junto a ONU.

Eu, particularmente, defendo a legalização. Considero um passo importante não só para a diminuição do crime organizado, mas porque na esteira do consumo de drogas há uma série de outros problemas, como o HIV, a violência doméstica, o vício como uma questão séria de saúde pública. Logicamente, a legalização não resolve de uma hora pra outra toda a complexidade e os desdobramentos do consumo de drogas, principalmente porque estamos falando de um mercado que movimenta mais de 320 bilhões de dólares por ano. Lobby e dinheiro grosso sustentam essa história e não é preciso dizer que tem peixe graúdo envolvido...
De cara, a legalização já tira a graça de um bando de adolescente "crisento" que acha "cool" e transgressor fumar maconha (ninguém merece!). Aliás, o "asfalto" e as classes média e alta têm responsabilidade sobre o tráfico, embora o problema seja sempre tratado como "do morro", "do pobre". Existe traficante sem comprador?
Além disso e, principalmente, a legalização permite que a discussão se aprofunde. As drogas sempre são tratadas com foco na repressão do consumo. Não seriam úteis políticas mais consistentes de prevenção e de tratamento de dependentes químicos?
Liberar não é negligenciar a preocupação com a saúde do cidadão, mas abrir caminho para a informação e para que cada um se responsabilize por suas escolhas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

QUE SUCO É ESSE?...ESQUECERAM DE ME EXPLICAR.

Os consumidores de suco de caixinha devem ter notado uma mudança na "cara" e na diversidade de produtos disponíveis no mercado. Pois é. Trata-se do reflexo de uma ação da Coca-Cola com o objetivo de reposicionar as marcas de suco pertencentes ao grupo. Até a mudança, a Coca mantinha no mercado o Vale na caixinha, o Valle na caixinha versão light, o Valle na lata, o Valle na lata light, além das versões normal e ligth nas caixas de 1L. O mesmo ocorria para o suco Mais. Além disso, havia a versão caixinha do suco Kapo, voltado para o público infantil.
Agora, estão disponíveis apenas 3 tipos de produto:

1 - Valle Mais - aqui, houve uma unificação das marcas Valle e Mais. Destinado a jovens, adultos e terceira idade, o suco está disponível em caixas grandes e latas, com opção comum ou light. Ou seja, não há a versão caixinha desse suco, seja normal ou light.
2 - Valle Kapo - É o suco Valle velho de guerra, porém em versão caixinha, com desenhos infantis e também sem a opção light. Aqui, há a opção caixinha de suco com açucar para cobrir a falta dessa opção na marca Valle Mais. No entanto, o consumidor continua sem a opção light. Um outro problema observado nessa situação é a associação da marca Valle com a marca Kapo e o que ela desperta na lembrança do consumidor. O suco Kapo é um suco ralo e açucarado, de baixo valor nutritivo. Ou seja, ao unificar as marcas, a Coca não estaria forçando esse tipo de associação e, com isso, criando a rejeição do consumidor?
3 - Kapo - Voltado para o público infantil, continua tão intragável quanto antes.

Você deve estar se perguntando se a Coca me pagou uma grana pra eu fazer essa explicação que ela mesma deveria ter se preocupado em dar ao consumidor. Não, isso não é um post pago, mas tive que passar por todas essas explicações para chegar ao que realmente importa: qual o motivo de uma marca se reposicionar?
Tudo bem que os motivos são inúmeros e que não dá pra fechar uma formulazinha sobre isso. Mas, no geral, poderíamos pensar em uma estratégia que visa agregar algum valor ao produto ou serviço, melhorando a sua aceitação junto ao consumidor.
Pois é... com base nesse raciocínio, a Coca está equivocada ao propor uma reorganização completamente confusa e, ao que parece, baseada em vontade própria e não na do consumidor (o que é decepcionante em se tratando de um grupo da projeção e importância da Coca).
Conforme relato de comerciantes que lidam diretamente com os produtos e os clientes nos pontos de venda (e esse post foi, inclusive, uma sugestão de um deles! obrigada!), os consumidores reclamam constantemente da falta de um suco de caixinha light e se sentem inseguros de comprar o Valle Kapo, em virtude do recall negativo ativado pela marca Kapo. Consequentemente, sem opção, esses clientes manifestam insatisfação ao se sentirem "obrigados" a pagar mais caro para comprar o Valle Mais, uma vez que ele só está disponível em lata.
Ou seja, um tiro no pé. E o esquecimento de um princípio-chave na vida de um profissional de comunicação: fazemos comunicação para pessoas. Sempre. Temos que estar dispostos e preparados para ouví-las. Será mesmo que a Coca decidiu se reposicionar depois de uma pesquisa de mercado que indicasse essa necessidade? Pela confusão na cabeça do consumidor e a dificuldade de se explicar do que se trata cada versão de suco, parece que não...
Atenção outras marcas de suco existentes no mercado!!!!! Não seria essa uma oportunidade?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

VAI COMPRAR A BRIGA?

A falta de perícia das empresas para lidarem com os clientes anda nos rendendo frutos memoráveis... Os erros em si são grotescos e trazem muita dor de cabeça mas, o que é interessante, é a forma com que os clientes tem se apropriado da situação e, mais que isso, conseguido revertê-las totalmente a seu favor. Passamos do estágio em que a falta de pró-atividade e profissionalismo das organizações terminava nas gavetas das secretárias, nas filas de processos judiciais, em pizza, enfim. As redes sociais e o potencial de viralização dos conteúdos na Internet têm contribuído para mudar essa realidade de alguma forma. E, essa mudança, acabará fazendo, a médio e longo prazo, com que as empresas comecem a se posicionar mais dignamente diante dos erros que cometem e dos serviços que prestam... Como já discutimos aqui, as marcas não estão mais sob o poder das organizações. Consequentemente, há cada vez menos espaço para tentativas de ingnorar ou de enganar o consumidor. Consumidor este, cada vez mais bem informado e disposto a colocar a boca no mundo. A última a circular na rede:





...Ou seja, um vídeo bem produzido, engraçado e resultado da negativa da companhia aérea em arcar com os prejuízos do passageiro... Resultado: quase 5 milhões de views e a empresa querendo negociar com o cara pra que ele tire o vídeo do YouTube. Cliente insatisfeito é cliente engajado! Vai comprar a briga?

sábado, 25 de julho de 2009

HUMOR ESPERTO

Olhem que estratégia esperta a agência de publicidade Filadélfia, de Belo Horizonte, utilizou pra promover sua seleção de estagiários:

Algo simples e aparentemente pouco atrativo - um processo de seleção - transformado em uma ação de marketing sutil, que faz a marca circular e envolve outros tipos de público que não os candidatos a estágio. Uso inteligente da internet!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

PEQUENO DELEITE

Incrível! Mais um exemplo de que é a Internet é mesmo um espaço de reinvenção. Divirtam-se e curtam o site do FOX aqui! (Dica da Inês)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O SHOW TEM MESMO QUE CONTINUAR?
















Deixo as duas imagens para serem digeridas ao longo dos próximos dias. Não deixa de ser um comentário aos desdobramentos da morte de Michael Jackson ao longo desta semana... E, assim, o mundo vai alternando seus desfechos entre o pão (no Brasil, prefere-se pizza!) e o circo! Afinal, o show tem que continuar. Ou não?

sábado, 4 de julho de 2009

CONVERGÊNCIA. QUE BICHO É ESSE?

"Convergência de mídias" entra tranquilamente no pacote das expressões em alta no mundo da comunicação. Ainda estamos em um terreno de experimentação, testando e descobrindo o que pode ou não ser feito, o que funciona ou não. Por isso, nem sempre a convergência é pensada com a amplitude com que poderia, mas, sem dúvida, não se trata de mero modismo. Essa palavrinha veio pra ficar.
Convergência de mídias não passa só pela junção de recursos audiovisuais em uma mesma peça, ou seja, pela associação de vídeo, arquivos de áudio, textos, imagens em diferentes formatos, links, entre outros. A produção de conteúdos híbridos, que mesclem referências e recursos é sim uma tendência à medida em que se entenda que as mídias são complementares e não excludentes. Articulá-las é poder enriquecer os conteúdos e ampliar a profundidade com que eles são tratados. Trata-de do uso estratégico e articulado das mídias em torno de um objetivo de comunicação.
Convergência também é, portanto, reapropriação. Tendo clareza dos "porquês" é possível brincar com os "como". "Como fazer" é um terreno infinito de possibilidades e, por isso, as ferramentas podem ser utilizadas de maneiras múltiplas e à luz da lógica de funcionamento de plataformas e dispositivos a princípios não associáveis.
Para fechar, um exemplo brilhante do que discutimos: a home page da agência BooneOakley, feita no YouTube:

domingo, 28 de junho de 2009

SUPER OBAMA!

Um pouco de diversão vai bem...sempre!

domingo, 21 de junho de 2009

AS EMPRESAS ESTÃO PREPARADAS PARA OUVIR OS CLIENTES?

Outro dia uma amiga me contou que foi criticada pelo departamento de TI do lugar em que trabalha porque ela fez um twitter para a empresa estreitar o contato com clientes, se posicionar em torno de temas relevantes para seu modelo de negócios e abrir um canal de conversação com públicos relevantes e que podem vir a se tornar clientes. O argumento contra a entrada no microblog foi a de que o twitter não passa se um modismo e que podem surgir comentários negativos sobre a empresa.

Bem, já há algum tempo, as marcas não pertencem mais às organizações, mas aos consumidores. Independente de ter um site, um twitter, um blog, a chance da empresa entrar na rede via clientes, satisfeitos ou não, é muito alta. Não há como exercer esse tipo de controle, mas há como gerenciá-lo da melhor forma possível, a partir do entendimento de que não é possível ignorar as mídias sociais e o lugar que elas ocupam na vida das pessoas. Mais que isso, não é possível barrar a vontade e a necessidade das pessoas se expressarem sobre suas experiências.

Falsear perfis, ignorar reclamações, processar clientes que fazem críticas ou fomentam discussões é se expor, e não se proteger como ainda acreditam algumas organizações... No Social Minas , evento ocorrido em Belo Horizonte esse fim de semana, o tema entrou em discussão, com o seguinte exemplo:






Os demais capítulos da novela com a sky podem ser acessados aqui . É um exemplo muito bom, dado pela palestrante Lou Martins, da Cubo.cc (por falar nessa agência, olhem esse trabalho deles! muito bom!), que ratifica a importância das empresas enxergarem os clientes como potenciais formadores de opinião e produtores de conteúdo e evitarem que uma experiência negativa se viralize e cresça, como aconteceu com a Sky.
Levar em consideração o que se passa nas redes sociais é, cada vez mais, fundamental. Mas entrar na rede não é o suficiente, se não se está preparado para ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre a marca, sobre a empresa, sobre a experiência de compra com aquele produto ou serviço. Essas experiências podem ser positivas ou negativas mas, independente disso, elas são fontes de informação e de aprendizado para a organização. Aprender a ouvir para aprender a aprender. Talvez seja esse o ponto.

domingo, 14 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

PISADA FORTE NO CALO DA IMPRENSA

"É claro que não se pode impedir a Petrobras de fazer o blog, senão estaríamos impedindo o direito à informação. Mas não é recomendável porque atrapalha o trabalho da imprensa. Acho que a empresa deve levar em conta o não prejuízo ao trabalho da imprensa." - Michel Temer, Presidente da Câmara (fonte: O GLOBO) sobre o blog "Fatos e Dados", criado pela Petrobras para que a empresa possa divulgar dados e se posicionar sobre as informações publicadas a seu respeito.
Depois de mais uma declaração fenomenal (!?!) vinda do nosso mundo político, é inevitável a pergunta: Por que um espaço de discussão, de democratização da informação e que descentraliza a produção de conteúdo atrapalharia o trabalho da imprensa? Pensando o compromisso ético jornalístico de se ater aos fatos e fazer com que a informação circule sem barreiras, não deveria ser o contrário? O meio político e jornalístico não deveria estar feliz com a criação do "Fatos e Dados", se não há nada a esconder?
Será mesmo que não há? Será que o motivo para tanta polêmica não tem algum ponto em comum com o fato de a TV Digital no Brasil já ter nascido fracassada? Quem são mesmo os donos dos grandes grupos de comunicação do país?
Democratizar a informação através de mídias digitais significa descentralizar a produção de conteúdo. Significa repensar a lógica unidirecional e impositiva do mass media... Significa questionar o poder de quem está acostumado a ditar as regras. E aí dói o calo mesmo, não só porque o escamoteamente dos fatos começa a ficar mais difícil, mas porque a Petrobras começa a fazer o que pouca gente sabe: usar as novas mídias com alguma competência. Usar com fundamentação e não somente para constar...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

InterACT 2009 - 3° parte

Para os que não puderam comparecer, para profissionais e simpatizantes da área de comunicação, para os fiéis leitores desse blog, enfim, o último post sobre o que rolou de melhor no InterACT 2009.
"Planejar é ajudar a extrair o melhor de cada coisa". É com essa frase simples e genial que eu resumiria a palestra de Alexandre Bessa, da Gringo, que falou sobre coordenação de projetos na criação interativa. Definição de objetivos, planejamento, mobilização recursos adequados e cronograma compartilhado pelo cliente e por todos os profissionais envolvidos no projeto. Foram esses os elementos principais apontados por ele, como necessários à otimização dos trabalhos de comunicação e obter os resultados esperados.
Suzana Apelbaum, da Hello, falou sobre inovação na criação digital. Ela insistiu em um ponto que também já discutimos aqui no blog. Fala-se muito da necessidade de inovação. "Inovação" compete de perto com "interatividade" como as palavras da vez, que todo mundo adora usar, mesmo que não saiba exatamente o que significa. O que é inovar? Mais uma vez voltamos à boa e velha questão: quem é o nosso cliente? Qual o nosso objetivo? Inovação é menos um conceito fechado e mais um produto contextual, que depende na natureza do cliente e do estágio de maturação em que ele - ou o produto que ele oferece - se encontra. Vale a reflexão, apesar dos excessos de Suzana, dizendo que ela e o sócio mandam os clientes tomarem no ...
E, finalmente, Emerson Calegaretti, do MySpace, fechou o dia com chave de ouro. Ao traçar as características do novo consumidor, como sujeito que pensa, compartilha, influencia, Emerson chegou às variáveis:
CAMPANHA X CONVERSA
PRODUTO X EXPERIÊNCIA
PREÇO X VALOR
INFLUÊNCIA X ENGAJAMENTO
EU X VOCÊ
Em vermelho, princípios que devem ser pensados quando falamos de comunicação digital e, principalmente, de comunicação para esse novo consumidor. Não estamos insinuando o fim das mídias off-line nem que a Internet vai salvar o mundo, mas deixando claro que alguns conceitos precisam ser aprimorados e ampliados para darem conta desse novo contexto. Portanto, aos que se agarram ao pé de Kotler como ao pé de Deus, vamos ao menos considerar a possibilidade de ampliar perspectivas abarcando novas variáveis, ok!?
E assim terminamos a cobertura do InterACT 2009. Dúvidas, críticas, sugestões...Estou à disposição. Seguimos cobrindo outros eventos da área e discutindo o que rola no mundo digital e fora dele...

domingo, 31 de maio de 2009

ACORDA MERCADO MINEIRO!

A promessa de mais um post sobre o que rolou nas palestras do InterACT 2009 continua de pé. Mas, hoje, não vou resistir. Acabo de ter acesso a uma pesquisa sobre os usuários brasileiros do twitter. E adivinhem??? BH está como a terceira cidade do país em número de usuários (com 9,16% do total). No ranking dos Estados, Minas é o terceiro, atrás, é claro, do Rio e de São Paulo. Sampa segue dando lavada, com quase 43%... Mas eu estou radiante com o nosso terceiro lugar e faço questão de colocar isso aqui, porque é mais uma prova do potencial do nosso mercado e do quanto vale a pena investir! Já chega de ficar na retranca! É hora de partir pro ataque! Temos a resistência dos clientes? A internet ainda é alvo de insegurança? Falta entender as especificidades do ambiente online? Os próprios profissionais de comunicação precisam amadurecer? Siiiiiiiiiiiim!!! Temos problemas, mas eles são perfeitamente superáveis. Passo número 1 para essa superação: transformar a internet em negócio, medir resultado. Sempre! E não negar o que está batendo à nossa porta, gente!? Ficar negando o inegável está por fora!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

InterACT 2009 - parte 2

Como prometido, mais uma postagem sobre as palestras do InterACT 2009. Agradeço os mais de 6oo views e a repercussão positiva do primeiro post. Pra quem não pôde acompanhar ao vivo, uma oportunidade de ficar por dentro do que rolou de mais interessante no evento.

Michel Lent, da Agência Ogilvy Interactive Brasil, falou sobre criação estratégica e comunicação na web. Michel se apresentou logo depois do Fabiano Coura (tema do post anterior) e aproveitou pra fazer um contraponto aos cases apresentados por ele. Michel insistiu que, mais do que desenvolver ações geniais e megalomaníacas - que, aliás, não costumam ser a rotina das agências - os profissionais de comunicação devem focar em atender os objetivos do cliente, mesmo que o trabalho resultante dessa demanda não seja inédito ou concorra a um grande prêmio.

A partir disso, as principais questões apontadas por Michel para o desenvolvimento de campanhas que envolvam mídias digitais foram:

1- Entender as necessidades do cliente. Isso implica não só em responder demandas adequadamente, mas em perceber oportunidades pertinentes e apresentá-las ao cliente.
2-Encontrar a solução do problema do cliente e, a partir disso, traçar as estratégias e escolher a mídia, sempre tendo em mente o público-alvo.
3-Medir resultados sempre. A internet ainda é alvo de muita desconfiança e um jeito de contrapor isso é traduzí-la em negócio, em resultado.

Sobre o ponto 2, Michel fez uma colocação interessante de que a internet não possui "internauta". Chamo atenção para isso, pois é um aspecto crucial para o entendimento das especificidades da internet. Como já discutimos aqui, os princípios das mídias off-line não podem ser simplesmente transpostos para o ambiente on. Caímos na questão da segmentação da audiência e nas circunstâncias de uso da internet. Quando entendemos que não há um "internauta", assumimos não só que estamos falando de pessoas / usuários / interatores completamente diferentes entre si, mas de sujeitos que usam a internet em um determinado contexto e não que estão permanentemente conectados e só sofrem influência do que acontece na rede.

Michel apresentou alguns cases brasileiros, com destaque para o da Dove InvisibleDry. O objetivo era comunicar o benefício principal do produto (não deixar manchas brancas na roupa). Eis o vídeo sobre a campanha:



E um outro case da Dove, em que foi criado um site com informações sobre o produto e com canal aberto para a participação do interator:



Tá parecendo um jabazão da Dove, mas os cases da marca estão entre os mais interessantes e nem todos os exemplos dados nas palestras estão disponíveis em vídeo na net.

No próximo post, as considerações finais sobre o InterACT e mais sobre as palestras...

domingo, 24 de maio de 2009

INTERACT 2009

O Interact 2009 terminou com um balanço positivo. Nos próximos dias tentarei (porque a vida anda caótica) fazer o resumo comentado de algumas palestras, a começar pela do Fabiano Coura, da Neogama/BBH.

Fabiano fez uma contextualização sobre o lugar que a Internet e as mídias digitais ocupam no cenário atual, com destaque para:
-O controle saiu das mãos da empresa e está migrando para as mãos dos consumidores. As marcas não estão mais sob o domínio das organizações.
-A propaganda vive um momento de descrédito por parte dos consumidores. Amigos, família e outros grupos sociais têm mais representatividade e influência nas decisões de compra.
-Na internet a atenção das pessoas não está à venda. Por isso, vale investir no envolvimento ao invés de buscar a atenção das pessoas, e na ampliação da dedicação ao invés do estímulo ao desejo.
-A comunicação acontece em uma velocidade orgânica, em virtude da viralização dos conteúdos.

Entre os vários cases utilizados durante a palestra, destaque para o da Dove, que sintetiza brilhantemente os aspectos pontuados acima, além de ilustrar algumas discussões sobre viralização que já tivemos aqui no blog:



E a resposta quase imediata, que rendeu mais views do que a primeira peça:



A partir disso, 10 elementos-chave que devem ser observados na comunicação online:
1-Oferecer comunicação como serviço
2-Convidar para participação
3-Envolver com histórias
4-Explorar vínculos emocionais
5-Recrutar para causas nobres
6-Envolver através de polêmica
7-Disponibilizar conteúdo diferenciado
8-Levar diversão à vida das pessoas
9-Gerar experiência de imersão
10-Surpreender sempre

Ressalto que esses 10 pontos não constituem um manual de coisas infalíveis e a pretensão nem é essa. Trata-se de aspectos estudados em profundidade e muito bem fundamentados por cases e pesquisas...Quem tiver interesse em saber mais sobre cada um deles, pode solicitar aqui no blog que eu faço um outro post ou mando links com exemplos...

terça-feira, 19 de maio de 2009

MÍDIAS DIGITAIS A QUALQUER CUSTO?


- Gato, qual o caminho correto?
- Depende Alice, para onde você quer ir?
- Não sei, estou perdida.
- Para quem não sabe onde quer ir, então
qualquer caminho serve!
(Lewis Carroll, em Alice no País das Maravilhas)

Tenho pensado muito ultimamente - e em breve essa discussão será publicada em artigo - sobre o peso que a palavra interatividade assumiu no nosso dia-a-dia. Há pouco tempo, um amigo me procurou em busca de uma consultoria. Ele está montando uma empresa on-line e chegou com uma demanda pronta: "quero interatividade, quero web 2.0". Pra que? Com que objetivo? Quem é seu público-alvo?. Essas foram algumas das minhas perguntas. A ânsia por se enquadrar nos padrões ditos "interativos" da internet, e a inclusão de algumas das mídias digitais no mix de mídia das empresas para que elas sejam vistas como modernas e antenadas, tem, ao que me parece, levado à perda de foco da comunicação. Ninguém sabe muito bem pra que, mas todo mundo quer usar a internet, o celular, o ipod. A que custo esses espaços estão sendo utilizados? Não raro o que se vê é uma transposição grosseira de conteúdos, que não respeita as características das próprias plataformas e não agrega qualquer tipo de valor aos serviços oferecidos. Não se faz promocional direito, não se faz marketing de relacionamento direito. E nessa confusão a palavra interatividade fica prostituída e descontextualizada.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

TWITTER PRA TODO LADO

Não resisti...Essa semana, o Twitter rendeu algumas boas discussões no meu curso de pós-graduação, no meu gmail e na internet em geral. A discussão deu uma esquentada depois que o Fantástico exibiu uma matéria sobre o assunto no último domingo...Pra começar, só um pequeno parêntese para o poder de agendamento que a Globo possui, inclusive na net. Agora, se na TV fica fácil controlar o que as pessoas vêem e sabem, na internet o buraco é um pouco mais embaixo: um vacilo e pimba! você está na rede!

E foi assim que Zeca Camargo foi filmado instruindo os entrevistados sobre como deveriam se comportar durante a matéria que começaria a ser gravada. "Tem que ter vivência, tem que ter vivência", ele repetia. E o pessoal obedeceu: a vivência foi tanta que, com um celular, e atestando o que já é um costume no nosso dia-a-dia, os bastidores foram filmados. Também nesse videozinho singelo está a instrução de que o nome "twitter" não deveria ser mencionado. Tudo bem que durante a matéria eles se renderam e falaram, mas vale retomamos a questão do agendamento: o chefe do Zeca decide o que o Brasil vai ou não saber?!?... Aí, de cara, a ética jornalística é empurrada pro buraco: omitir do público informações relevantes não estava no seu juramento de formatura, Sr. chefe do Zeca!

E aí, pra completar, recebo de uma amiga (Valeu Gaby!) um podcast doído do Mainardi... Tadinho... Se ele demorou um dia e meio pra mudar a cor do fundo da página do Twitter, tomara que até o fim da vida ele descubra pra que o espaço serve e consiga fazer uma análise um pouco mais competente! Que tristeza do povo que quer ser cult a todo custo... Falar só por falar?!... Melhor ficar calado.

domingo, 5 de abril de 2009

VÍDEO PILLOW FIGHT

PILLOW FIGHT BH


Entre as muitas maneiras de entender o Pillow Fight, uma delas pode ser a de que se trata de um bando de bobos sem o que fazer...Ouvi muita gente dizendo isso durante o evento ontem. Eu, particularmente, acho um desperdício parar a análise por aí... Confesso que fui sem muita expectativa, consciente do risco de que poderia ser um fiasco total. Me surpreendi e, claro, não resisto em ampliar a reflexão para uma das possíveis facetas a serem exploradas em um evento como esse. A internet mais uma vez mostrou seu potencial de aglutinação, de viralização e de fazer emergir comunidades... E a Praça da Liberdade lotou: não só de guerreiro de todas as idades e estilos, mas de passantes atraídos pelo campo de batalha formado por pessoas estranhas, mas mediadas por uma intimidade que emergiu ali, momentaneamente... E, além de ter sido realmente muito engraçado, mais legal ainda, foi ver as inúmeras teorias criadas pelas pessoas que estavam na praça, mas que não sabiam o que estava por vir, para explicar a quantidades de gente e de travesseiros. Até uma mega excursão foi imaginada por uma das senhoras com as quais eu conversei! Confira os melhores momentos:

domingo, 29 de março de 2009

LUZ NO FIM DO TÚNEL

"Nós queremos ter um exame nacional que dê conta do conteúdo, mas de forma inteligente, que julgue a capacidade analítica dos estudantes e promova uma mudança na atuação em sala de aula do professor”. (Fernando Haddad, Ministro da Educação)
Quantas vezes, em sala de aula ou se vendo obrigado a estudar uma determinada matéria, você já se perguntou sobre a utilidade daquele conteúdo para a sua vida pessoal e profissional? Se ainda hoje essa perguntinha vira e mexe volta a pular na nossa frente, no ensino fundamental e médio, então, nem se fala. Há muito tempo, fazer o aluno passar no vestibular passou a ser mais importante do que formar um bom sujeito, do que ensinar a cidadania, do que provocar a reflexão e articular a teoria saída dos livros com a realidade vivenciada cotidianamente pelos alunos. Cada vez mais, os disputados vestibulares das Federais, se apegam aos chamados "conteúdos de pé-de-página" e, a partir disso, decorar é, com certeza, uma habilidade mais valorizada do que a de pensar e a de interpretar. O resultado? ...a qualidade desastrosa dos alunos que entram na universidade e, pior ainda, dos profissionais que ingressam todo ano no mercado de trabalho.
Por isso, a iniciativa de unificar o vestibular das Federais do Brasil com foco na melhoria do ensino médio e na exploração de capacidades linguísticas e de raciocínio dos alunos é, pra mim, literalmente uma luz no fim do túnel. Sabemos que a questão da educação no Brasil vai muito além de simplesmente colocar o aluno dentro da universidade! Tomara que o projeto vingue!

domingo, 15 de março de 2009

Fraco Até Demais!

As notícias sobre o FAD 2009, que termina hoje em Belo Horizonte, não são das melhores. Embora a iniciativa seja interessante e de certa forma tente dar uma movimentada no dorminhoco mercado de Belo Horizonte, o evento deixou a desejar. Em primeiro lugar, porque boa parte das instalações constantemente dava pau! A toda hora era preciso reiniciar o sistema, o que definitivamente interferia de forma drástica no caráter imersivo das obras. Se a arte digital incorpora as idéias de obra aberta e de co-autoria, a nós, coube tentar apenas. Simplesmente não rolou! E aí, resta a impressão de que a "interatividade" é só a palavra da vez: quase uma obrigação que, na prática, anda acrescentando pouco... Principalmente quando as narrativas tradicionais são utilizadas para darem conta de processos que não cabem mais no modelo clássico sequencial de início, meio, fim.
Pra mim, o trabalho mais interessante e que de fato funcionou foi o Your life our movie (Sua vida nosso filme), baseado na base de dados do flickr e acionado por tags colocadas pelos visitantes/interatores da obra.
Que as próximas edições do evento possam vir melhores!

sexta-feira, 6 de março de 2009

ESPETADINHA DE LEVE

Vejam a propaganda do BlackBerry...Uma alfinetada na Apple!


quarta-feira, 4 de março de 2009

FINALMENTE!

BH está sendo o mercado-teste de um projeto de mobile payment da Coca-Cola. Através do celular é possível fazer compras de chás, refrigerantes, sucos e energéticos em máquinas da Coca, em 15 pontos de venda da cidade. A compra dos produtos pode ser realizada por celulares de qualquer operadora e o valor é debitado no cartão de crédito Visa. A idéia é que a possibilidade se estenda para outros cartões e que seja possivel a compra também no débito...

Tudo bem que BH costuma ser mercado-teste de produtos. Mas eu estou realmente feliz de que isso esteja acontecendo com uma ação em mobile!!! Quem sabe é o início para que possamos ousar um pouco mais na área e para que o mercado acorde para essa enorme e incrível potencialidade!

domingo, 1 de março de 2009

PARA CONHECER E APRECIAR

Eis aqui uma grande promessa da música popular brasileira, que eu tenho o prazer de apresentar pra quem ainda não conhece: Luiza Lara.
Uma das vozes mais doces e afinadas que já conheci, repertório de muito bom gosto e talento inquestionável!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

NÃO DÁ PRA NÃO COMENTAR

E estamos diante de mais um capítulo da histórica guerra da Igreja Católica contra a sensatez. A mais nova foi, como vocês devem ter visto na imprensa, o afastamento do padre Luiz Couto das funções de sacerdote. Motivo: ele é a favor do uso de camisinha, contra o celibato dos padres e contra a discriminação de homossexuais. Ou seja, o sujeito é uma pessoa sensata!
...Como sempre, o fundamentalismo impedindo que a coerência e que a responsabilidade se manifestem. Já passou da hora da Igreja passar a estabelecer diálogo com o tempo em que ela está situada, ?! Mesmo porque, pelo que me consta, faz parte da doutrina a igualdade entre as pessoas e o zelo pelo bem-estar humano. Ou não?...
É uma pena que a instituição não se comporte com tamanha eficiência em casos em que ela realmente precisa agir... Por que será que ninguém faz nada a respeito dos inúmeros casos de corrupção e de pedofilia envolvendo padres?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

MOBILE PARA TODOS OS GOSTOS

Como comentei aqui no blog, passei parte das férias em São Paulo, fazendo um curso sobre Mobile Marketing. Quando pensamos em mídias digitais, principalmente aqui em Minas, é comum que a Internet seja a primeira a vir à mente, mas seguramente, o mobile é hoje o veículo com maior penetração e de maior potencial publicitário que temos disponível. As razões são muitas, mas entre as principais, podemos falar em personalização, altíssima segmentação, altas taxas de resposta e facilidade de mensuração. Claro, ainda existem algumas dificuldades de ordem técnica que precisam ser melhoradas, principalmente referentes à diversidade de modelos, que dificulta a existência de um formato mais padrão; à falta de precisão dos sistemas GPRS, que cria dificuldades para ações direcionadas com foco em ponto de venda; entre outras coisas. Mas aos poucos chegaremos lá. A cada dia surgem novas apropriações e as possibilidades só se ampliam. Na semana passada, eis que surge o Google Latitude. Hoje, uma amiga me mandou um link sobre livros produzidos para serem lidos em celular. E não achem que não vai colar, porque já colou. No Japão, algumas edições são best sellers!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

NÓS: HITS!

Navegando pelas notícias de hoje, acabei assistindo a um vídeo que me fez lembrar de uma discussão que tivemos em sala de aula outro dia, sobre como a viralização de conteúdos na internet pode contribuir para a exposição e a ridicularização de pessoas. Na verdade o assunto dá pano pra manga porque, entre outras coisas, podemos discutir a formação de celebridades instantâneas, mistura entre público e privado e até mesmo uma certa falta de autonomia e capacidade pra controlarmos a nossa própria vida e imagem... No último ano, tivemos o caso clássico do "cacete de agulha", que rendeu processo vitorioso contra a PUC Minas. Há 5 dias, caiu na rede - mas nesse caso por iniciativa do próprio pai do garoto - o "David after dentist"(veja abaixo), em que um menino de 7 anos é filmado sobre efeito da anestesia, após sair do dentista.Virou hit, é claro, e já existem várias versões musicadas do garoto dopado. Eu acredito e defendo da internet como um espaço democrático e aberto, onde as possibilidades são inúmeras e instigantes... Mas, nesses casos acho que um pouco de cuidado vai bem. Até que ponto temos autonomia e direito de interferir na vida de outras pessoas de modo tão decisivo?

sábado, 31 de janeiro de 2009

SAMPA

Há duas semanas, quando cismei de ir pra São Paulo pra fazer um curso na ESPM, houve um momento de tensão na minha casa. Se dependermos da imagem que nos chega através da televisão a respeito de cidades como o Rio e São Paulo, dá insegurança mesmo de arriscarmos uma visita e sermos surpreendidos por um tiroteio a qualquer momento ou termos nossos pertences roubados a cada esquina. Fui esperando uma tremente confusão. Voltei pra Minas com outra imagem e já planejando uma nova visita. Por isso, ao chegar da paulicéia, entre as dezenas de coisas incríveis que vi por lá (destaque para o Museu da Língua Portuguesa) e que poderiam ser tema deste post, opto por fazer uma pequenina homenagem às pessoas daquela cidade. Encontrei pessoas solicitas e extremamente educadas, atendimentos de primeira em todos os lugares em que estive e uma cidade super bem sinalizada, pela qual eu me desloquei com muita facilidade pelo eficiente sistema de metrô. MUITO BOM! E, publicitariamente falando, nem se fala ?! Overdose de projetos e experiências...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O REI DO MARKETING

Hoje o post é em homenagem a uma pessoa que eu não conheço pessoalmente, mas admiro pelo empreendedorismo e, principalmente, por ter um entendimento profundo sobre algo que a maioria das pessoas tem dificuldade pra entender minimamente: marketing de experiência.
É incrível quando encontramos um exemplo levado ao máximo de tudo o que nós, profissionais de comunicação, estudamos na teoria como uma situação ideal de prática. Pois fiquei conhecendo um exemplo em Divinópolis (MG) e, acredito eu, é uma experiência como poucas outras no país. O sujeito tem uma loja de roupa, ou melhor, um espaço de moda chamado Ex-B, e simplesmente reconstroi a loja de quatro em quatro meses, para que ela incorpore o tema da coleção da estação. Uma obra de reestruturação física completa, além de refazer o site, refazer a papelaria, criar novas embalagens, novos trocadores, novos móveis, novos TUDO, para que a loja se transforme em um espaço envolvente e mágico, condizente com a proposta da coleção. Investimento bruto em ponto de venda e em relacionamento com o cliente sem utilização de tv, rádio, outdoor e otras mídias mais tradicionais. O que a maioria esmagadora das pessoas encara como gasto, o cara vê como investimento... E a prova está aí: é um sucesso absoluto!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

PORTUGUÊS PRA TODO MUNDO

-Pai, o que você acha dessa mudança ortográfica?
-Péssima...
-Por que?
-Porque o valor da língua é antropológico e não técnico...
Já há algum tempo, ouvindo discussões nos mais diversos veículos e ambientes, venho me esforçando para encontrar justificativas que me pareçam boas o suficiente para justificarem essa reforma ortográfica. Mas essa conversa com meu pai, reproduzida em essência mas muito sucintamente nas linhas acima, foi decisiva para que eu engrossasse o grupo majoritário dos que contestam a validade e relevância dessas alterações.
Fiquei pensando no peso do que meu pai falou...Realmente, o que legitima uma língua são as apropriações e usos que os falantes fazem dela. Quantas palavras já saíram da oralidade para os dicionários? Além disso fico me perguntando o porquê de, cada vez mais, nos esforçarmos para acabar com as diferenças ao invés de reconhecê-las como um valor a ser preservado.
O argumento é o de que as transações de documentos e produções literárias e científicas do Brasil e de Portugal não precisarão de duas versões e que o ensino da língua poderá ser padronizado no mundo. Tenho sérias dúvidas sobre isso, uma vez que nem nós, nativos, conhecemos todas as regras, dada à complexidade da gramática da língua portuguesa. E, pelo menos por enquanto, parece que só estão brotando mais antipatias e rivalidades, tendo em vista que Portugal anda se sentindo prejudicado com essa história toda, já que terá que fazer quase 4 vezes mais alterações que o Brasil.
...Mas que chega a ser engraçado a gente ficar quebrando a cabeça pra concluir se guarda-chuva, por exemplo, tem ou não hífen a partir de agora (tem???), quando um número esmagador de brasileiros mal sabe fazer concordâncias elementares, isso chega...
É uma reforma mais catedrática do que qualquer outra coisa...Então, que se virem os especialistas, porque a minha memória eu prefiro poupar para coisas mais importantes!