terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CISNE NEGRO

Nos últimos dias o nome "Cisne Negro" tem estado em evidência, principalmente após a publicação da lista dos filmes indicados ao Oscar, na qual Black Swan concorre a nada menos que cinco estatuetas. No entanto, e não menos digno de comentários que o longa, um outro cisne, este brasileiro, chama a atenção e emociona com esta releitura:

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010 - O FILME DE TERROR CONTINUA

E lá se foi o primeiro turno, apesar de ele não estar tão bem resolvido quanto deveria. Quantos candidatos estão pendurados pela Lei do Ficha Limpa ou pela capacidade duvidosa de exercerem o cargo? Resta saber se a justiça vai ter "peito" pra enfrentar a situação, já que, ao que parece, teremos um verdadeiro efeito dominó: a queda de um sai levando vários outros pro buraco. O Tiririca que o diga: seus mais de um milhão e trezentos mil votos elegeram mais três candidatos.
No Brasil, estamos bem acostumados a arrumar um bode expiatório para os nossos problemas: a culpa pula do colo do governo para o colo da justiça e, raramente, nos responsabilizamos pela pintura dos nossos cenários.
Agora mesmo, tenho dúvidas de qual é a tristeza maior: pensar que a justiça pode não invalidar os votos dos ficha sujas ou, tratando da raiz da questão, pensar que a justiça só precisa atuar porque esses caras foram eleitos. Não caberia a cada um de nós, eleitores, resolver esse problema nas urnas? Não seria nosso papel zerar o saldo de votos desses figurões? Esperar que a justiça aja depois que a merda está feita é uma comodidade da qual precisamos abrir mão...
E a eleição tão representativa de um palhaço, um mero personagem? 1,3 milhão de votos dados à imaginação de um humorista... Humorista este, agora acusado de analfabetismo e falsificação de documentos. Precisamos de algum outro sintoma do total descrédito da política no Brasil? E das piadas rimadas que fizeram o país se divertir vendo e revendo os inúmeros vídeos postados na internet, vai nascendo o nosso inferno astral: pior do que está não fica? Só mesmo no discurso efêmero e infantil de um palhaço uma frase como essa pode fazer sentido... Pois você está enganado Sr. Tiririca. Pior do que está fica. E como!
E como se não bastasse, ainda teremos que enfrentar o segundo turno. No menu de Brasília, inacreditavelmente, está Weslian Roriz (PSC). E, como diz uma amiga (querida Mili), se você achava que o Tiririca era ruim, é porque ainda precisa conhecer essa Sra.. Analfabetismo funcional mandou lembranças à criatura. Agora, para uma pessoa que não domina sequer a linguagem oral, o que esperar quando ela precisar fazer deliberações e se posicionar usando a língua escrita?
E pra terminar o post, eu peço direito à réplica (já aprendeu o que é isso candidata?) ao que falou esse gênio que começa a assombrar a política brasileira. Como mensagem final aos eleitores, a Sra. Roriz escolheu fazer observações sobre a cor do estúdio de TV em que acontecia o debate, tema este de extrema relevância para a vida dos cidadãos do Distrito Federal. Então, candidata, a Sra. acha que a vida dos seus eleitores ficará azul e maravilhosa como o estúdio, caso a senhora seja eleita e possa contemplá-los com as suas ideias e capacidade de gestão?


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

...FALA QUE NÃO DÁ MEDO?

Pobre Michael!... Morto há tão pouco tempo e já com tantos motivos pra levantar da cova e vir puxar o pé da galera à noite. O primeiro da fila é o Lindolfo Pires, com essa versão medonha que vocês já devem ter visto:



Mas o horário político deste ano realmente está batendo todos os recordes. E não é que surgiu mais um? Atenção para a letra!:

Está lançado o desafio: alguém se arrisca a concorrer com os dois na corrida pelo jingle imbatível das eleições 2010?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ELEIÇÕES 2010

Confesso estar fazendo um esforço pra evitar que o tema "eleições" venha parar nesse blog. Além de existirem outros blogueiros fazendo boa cobertura, como a Raquel Camargo, tenho assistido a capítulos tão desanimadores e anti-democráticos, que acabo ficando muito puta e isso certamente aquece meu texto e acende polêmicas e brigas que eu não ando muito afim de comprar. Mas, como a internet é sempre uma caixa de surpresas, e como algumas delas são irresistíveis, eu acabei me deparando com isto:


Se você está vendo pela primeira vez e ficou chocado, fique tranquilo: você não é o único. Aliás, essa me pegou tão em cheio, que eu acabei me rendendo, e cá estou eu falando do tema que tanto evitei.
Passei uns bons dias bem indignada com os debates no Jornal Nacional com os candidatos à presidência. Pra falar a verdade, eu não esperava grandes coisas, porque o jornalismo da Globo anda de mau a pior, sempre superficial, sempre previsível e sempre mostrando a todos nós o que é ser totalmente parcial. Sim, eu sei que não é possível a tal da neutralidade. Mas, convenhamos, é bem fácil achar o meio termo. Entre o neutro e o escrachadamente partidário existe um bom caminho a ser percorrido e explorado. E, no entanto, só faltou o titio Bonner pendurar um cartaz no pescoço com os dizeres: Eu voto no Serra e quero que você vote também! Feio, muito feio. Principalmente depois daquele fatídico episódio do debate entre o Collor e o Lula. Pode soar muito inocente da minha parte, mas eu jurava que eles tinham aprendido a lição. E, poxa vida, eu não tenho o direito de tirar as minhas próprias conclusões e decidir em quem eu quero votar?
Voltemos ao vídeo: é pra rir? Acho que, em parte, é. Afinal, pra um programa humorístico clássico não faltou muita coisa. Mas depois de tanto riso é que veio o incômodo: era pra ser engraçado? Dizem que o riso é o reconhecimento do que existe de ridículo em nós mesmos. Pode ser. E, nesse caso, rir desses caras é permitir que a gente continue sendo chamado de bobos, e engrossar o coro dos que diariamente já nos chamam assim em Brasília, ou em qualquer canto desse pais, a cada vez que viajam com a nossa grana, desviam os nossos impostos, enfiam dinheiro na cueca.
Bom, minha mente de publicitária rapidamente ficou pensando sobre a forma com que essas figuras escolhem "vender" a própria imagem. Caí em uma máxima que sempre que posso repito aos meus clientes: se você mesmo não sabe o que você preza, quer e vende, como você espera que seus clientes o façam? Assistindo a um vídeo desses, a única conclusão a que chego é que a política virou carreira de gente sem grandes perspectivas. Observe que boa parte dos candidatos aparecem com "cabos" eleitorais: entram mudos, saem calados, e esperam se eleger alavancados pela fama do parente. Patético é um bom nome?
E será mesmo que o Tiririca está certo ao dizer que pior do que está não vai ficar?... Será que não? Tenho sérias dúvidas. Mas, muito além delas, de uma coisa estou muito certa: definitivamente, não quero essas pessoas me representando! Elas não estão minimamente à altura da política que gostaria para o meu país. Mulher Pêra??? Isso só pode ser uma brincadeira de mau gosto!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

QUANDO EU DANÇO...

"Você tem que amar a dança para persistir nela. Ela não te dá nada em troca, nenhuma pintura para mostrar nas paredes e talvez pendurar em um museu, nenhum poema para ser impresso e vendido, nada além do momento fugaz único em que você está vivo. Ela não é para almas instáveis." Merce Cunningham





Acho que é tudo por hoje.

terça-feira, 15 de junho de 2010

SÓ BRASILEIROS.

15 de Junho. Hoje o dia amanheceu diferente. O país continental, que tranquilamente podia ser vários - e as vezes o é - mostrou que responde pelo mesmo nome. E os relógios andaram em um ritmo diferente: não importava que horas era, mas quanto tempo faltava. E as peças verdes e amarelas saíram dos armários: uma tiara, um relógio, uma meia, um colar, um sapato ou a famosa camisa. Até lentes de contato com a bandeira do Brasil eu vi. E nesse mar de cores que todos sabiam reconhecer e ler, tudo se tornou oficial. Não havia uniformes mais ou menos dignos: hoje nós éramos simplesmente brasileiros. E assim passou o ciclista, e ele era verde-amarelo. E passou o médico, com a amarelinha sob o jaleco. E passou o empresário. E passou o vigia de carro. E passaram crianças. E passaram mulheres, homens, idosos, bebês, cachorros. E o verde e amarelo combinou com todas as cores. E não importava o carro. E não importava a profissão: todos sabíamos para onde estávamos indo e o que estava para acontecer. E os pontos de ônibus lotaram. E o trânsito se encheu de um engarrafamento esperto, de quem tem urgência de chegar.
Hoje, a palavra "vuvuzela" deixou de ser estranha: ela estava na mão e na garganta de todos, ajudando a conjugar um verbo que o brasileiro nasceu sabendo: torcer. E todos se tornaram amigos. E o motorista de ônibus topou parar fora do ponto. E o síndico trocou o bilhete mal humorado no elevador do prédio por um convite para ver o jogo. E, assim, o país das desigualdades foi um, ainda que apenas por algumas horas. E o mundo, que hoje à tarde se chamou Brasil, parou para ver a Seleção jogar. E eu me emocionei. Foi bonito de ver e sentir.