domingo, 21 de junho de 2009

AS EMPRESAS ESTÃO PREPARADAS PARA OUVIR OS CLIENTES?

Outro dia uma amiga me contou que foi criticada pelo departamento de TI do lugar em que trabalha porque ela fez um twitter para a empresa estreitar o contato com clientes, se posicionar em torno de temas relevantes para seu modelo de negócios e abrir um canal de conversação com públicos relevantes e que podem vir a se tornar clientes. O argumento contra a entrada no microblog foi a de que o twitter não passa se um modismo e que podem surgir comentários negativos sobre a empresa.

Bem, já há algum tempo, as marcas não pertencem mais às organizações, mas aos consumidores. Independente de ter um site, um twitter, um blog, a chance da empresa entrar na rede via clientes, satisfeitos ou não, é muito alta. Não há como exercer esse tipo de controle, mas há como gerenciá-lo da melhor forma possível, a partir do entendimento de que não é possível ignorar as mídias sociais e o lugar que elas ocupam na vida das pessoas. Mais que isso, não é possível barrar a vontade e a necessidade das pessoas se expressarem sobre suas experiências.

Falsear perfis, ignorar reclamações, processar clientes que fazem críticas ou fomentam discussões é se expor, e não se proteger como ainda acreditam algumas organizações... No Social Minas , evento ocorrido em Belo Horizonte esse fim de semana, o tema entrou em discussão, com o seguinte exemplo:






Os demais capítulos da novela com a sky podem ser acessados aqui . É um exemplo muito bom, dado pela palestrante Lou Martins, da Cubo.cc (por falar nessa agência, olhem esse trabalho deles! muito bom!), que ratifica a importância das empresas enxergarem os clientes como potenciais formadores de opinião e produtores de conteúdo e evitarem que uma experiência negativa se viralize e cresça, como aconteceu com a Sky.
Levar em consideração o que se passa nas redes sociais é, cada vez mais, fundamental. Mas entrar na rede não é o suficiente, se não se está preparado para ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre a marca, sobre a empresa, sobre a experiência de compra com aquele produto ou serviço. Essas experiências podem ser positivas ou negativas mas, independente disso, elas são fontes de informação e de aprendizado para a organização. Aprender a ouvir para aprender a aprender. Talvez seja esse o ponto.

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