terça-feira, 19 de maio de 2009

MÍDIAS DIGITAIS A QUALQUER CUSTO?


- Gato, qual o caminho correto?
- Depende Alice, para onde você quer ir?
- Não sei, estou perdida.
- Para quem não sabe onde quer ir, então
qualquer caminho serve!
(Lewis Carroll, em Alice no País das Maravilhas)

Tenho pensado muito ultimamente - e em breve essa discussão será publicada em artigo - sobre o peso que a palavra interatividade assumiu no nosso dia-a-dia. Há pouco tempo, um amigo me procurou em busca de uma consultoria. Ele está montando uma empresa on-line e chegou com uma demanda pronta: "quero interatividade, quero web 2.0". Pra que? Com que objetivo? Quem é seu público-alvo?. Essas foram algumas das minhas perguntas. A ânsia por se enquadrar nos padrões ditos "interativos" da internet, e a inclusão de algumas das mídias digitais no mix de mídia das empresas para que elas sejam vistas como modernas e antenadas, tem, ao que me parece, levado à perda de foco da comunicação. Ninguém sabe muito bem pra que, mas todo mundo quer usar a internet, o celular, o ipod. A que custo esses espaços estão sendo utilizados? Não raro o que se vê é uma transposição grosseira de conteúdos, que não respeita as características das próprias plataformas e não agrega qualquer tipo de valor aos serviços oferecidos. Não se faz promocional direito, não se faz marketing de relacionamento direito. E nessa confusão a palavra interatividade fica prostituída e descontextualizada.

Um comentário:

Unknown disse...

A realidade é que a motivação para o uso desses espaços ainda parte muito mais dos modismos do que da real compreensão de suas potencialidades. O medo de bancar o risco tem falado mto alto, mas como podemos falar em diferenciação com tanta gente pensando igual? Fazer pq alguem tb fez não me parece uma solução mto criativa. O mundo clama por novas ideias. Empresas, saiam da mesmice, vamos interagir.