sábado, 31 de janeiro de 2009

SAMPA

Há duas semanas, quando cismei de ir pra São Paulo pra fazer um curso na ESPM, houve um momento de tensão na minha casa. Se dependermos da imagem que nos chega através da televisão a respeito de cidades como o Rio e São Paulo, dá insegurança mesmo de arriscarmos uma visita e sermos surpreendidos por um tiroteio a qualquer momento ou termos nossos pertences roubados a cada esquina. Fui esperando uma tremente confusão. Voltei pra Minas com outra imagem e já planejando uma nova visita. Por isso, ao chegar da paulicéia, entre as dezenas de coisas incríveis que vi por lá (destaque para o Museu da Língua Portuguesa) e que poderiam ser tema deste post, opto por fazer uma pequenina homenagem às pessoas daquela cidade. Encontrei pessoas solicitas e extremamente educadas, atendimentos de primeira em todos os lugares em que estive e uma cidade super bem sinalizada, pela qual eu me desloquei com muita facilidade pelo eficiente sistema de metrô. MUITO BOM! E, publicitariamente falando, nem se fala ?! Overdose de projetos e experiências...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O REI DO MARKETING

Hoje o post é em homenagem a uma pessoa que eu não conheço pessoalmente, mas admiro pelo empreendedorismo e, principalmente, por ter um entendimento profundo sobre algo que a maioria das pessoas tem dificuldade pra entender minimamente: marketing de experiência.
É incrível quando encontramos um exemplo levado ao máximo de tudo o que nós, profissionais de comunicação, estudamos na teoria como uma situação ideal de prática. Pois fiquei conhecendo um exemplo em Divinópolis (MG) e, acredito eu, é uma experiência como poucas outras no país. O sujeito tem uma loja de roupa, ou melhor, um espaço de moda chamado Ex-B, e simplesmente reconstroi a loja de quatro em quatro meses, para que ela incorpore o tema da coleção da estação. Uma obra de reestruturação física completa, além de refazer o site, refazer a papelaria, criar novas embalagens, novos trocadores, novos móveis, novos TUDO, para que a loja se transforme em um espaço envolvente e mágico, condizente com a proposta da coleção. Investimento bruto em ponto de venda e em relacionamento com o cliente sem utilização de tv, rádio, outdoor e otras mídias mais tradicionais. O que a maioria esmagadora das pessoas encara como gasto, o cara vê como investimento... E a prova está aí: é um sucesso absoluto!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

PORTUGUÊS PRA TODO MUNDO

-Pai, o que você acha dessa mudança ortográfica?
-Péssima...
-Por que?
-Porque o valor da língua é antropológico e não técnico...
Já há algum tempo, ouvindo discussões nos mais diversos veículos e ambientes, venho me esforçando para encontrar justificativas que me pareçam boas o suficiente para justificarem essa reforma ortográfica. Mas essa conversa com meu pai, reproduzida em essência mas muito sucintamente nas linhas acima, foi decisiva para que eu engrossasse o grupo majoritário dos que contestam a validade e relevância dessas alterações.
Fiquei pensando no peso do que meu pai falou...Realmente, o que legitima uma língua são as apropriações e usos que os falantes fazem dela. Quantas palavras já saíram da oralidade para os dicionários? Além disso fico me perguntando o porquê de, cada vez mais, nos esforçarmos para acabar com as diferenças ao invés de reconhecê-las como um valor a ser preservado.
O argumento é o de que as transações de documentos e produções literárias e científicas do Brasil e de Portugal não precisarão de duas versões e que o ensino da língua poderá ser padronizado no mundo. Tenho sérias dúvidas sobre isso, uma vez que nem nós, nativos, conhecemos todas as regras, dada à complexidade da gramática da língua portuguesa. E, pelo menos por enquanto, parece que só estão brotando mais antipatias e rivalidades, tendo em vista que Portugal anda se sentindo prejudicado com essa história toda, já que terá que fazer quase 4 vezes mais alterações que o Brasil.
...Mas que chega a ser engraçado a gente ficar quebrando a cabeça pra concluir se guarda-chuva, por exemplo, tem ou não hífen a partir de agora (tem???), quando um número esmagador de brasileiros mal sabe fazer concordâncias elementares, isso chega...
É uma reforma mais catedrática do que qualquer outra coisa...Então, que se virem os especialistas, porque a minha memória eu prefiro poupar para coisas mais importantes!